quinta-feira, setembro 21, 2006

USP lança modelo de fábrica de software para pequena e média empresa

Por Camila Rodrigues

Para quem desenvolve software, uma boa notícia: o Laboratório de Tecnologia de Software (LTS) da Escola Politécnica da USP, lançou esta semana um modelo de fábrica de software voltado para pequenas e médias empresas, baseado em tecnologias que permitem definir processos de desenvolvimento de software, com o objetivo de facilitar a exportação.

O melhor de tudo é que este modelo já está acessível às empresas que se interessarem, conta Jorge Risco, professor do LTS responsável pelo desenvolvimento do modelo. Ele diz que basta mandar um e-mail para ele, jorge.becerra@poli.usp.br, ou para o professor Fabio Levy Siqueira, levy.siqueira@poli.usp.br, que também faz parte do projeto. A aplicação do modelo tem um custo, que varia de acordo com a empresa, sua cultura, maturidade dos processos e até tamanho da equipe, detalha Siqueira.

Jorge Risco explica que, ao definir processos, fica mais fácil controlar, supervisionar e assegurar a qualidade do programa que é desenvolvido. “Também se torna possível integrar estas fábricas com empresas de desenvolvimento de software que atuem em mercados mais exigentes, como a Comunidade Européia”, exemplifica o acadêmico.

Esta idéia era voltada, inicialmente, para utilização em células produtivas que tinham intenção de exportar softwares. Normalmente, estas células são compostas por até três desenvolvedores e consultores que criam softwares para dispositivos móveis,web services e ERPs, por exemplo, detalha o professor. O acadêmico adianta que o LTS já pensa em ampliar esse padrão para o desenvolvimento de games tanto para consoles quanto para celulares, além de um modelo de integração de middleware para SMBs.

Segundo ele, o modelo foi desenvolvido por professores e pesquisadores do LTS a partir de processos modelados em Business Process Modeling (BPM), com arquitetura baseada no padrão Open Distributed Processing (ODP), e configurados em ferramentas de mercado e de código-aberto. A qualidade dos programas é guiada pelo padrão mundial CMMI.

O professor Risco diz que o laboratório já entrou em contato com o Centro Incubador de Empresas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (CIETEC) para que suas incubadoras comecem a implantar tal modelo.

Caso você seja um desenvolvedor e queira saber mais sobre este modelo de fábrica de software, também pode contatar o professor Risco pelo telefone 3091-5200 ou 3091-5368.

Publicado originalmente no endereço http://idgnow.uol.com.br

quarta-feira, setembro 20, 2006

Planilha Eletrônica no Google

Por Henrique Meira

Para aqueles que necessitam de uma planilha eletrônica online, para que possa edita-la em qualquer lugar, e compartilha-la, etc. Não pode deixar de visitar o site: http://spreadsheets.google.com.

O Google disponibiliza uma ferramenta muito interessante e funcional: O Google Spreadsheet. Com esta ferramenta você pode criar, salvar, abrir, importar e exportar planilhas. Vale muito à pena.

Você precisa ter uma conta no Google para usar a ferramenta.

Publicado originalmente no endereço http://www.dicas-l.com.br

Empresas querem lei para regular profissional de TI

Por Redação da TI Inside

A indústria de TI começa a se movimentar para criação de uma legislação especifica para os profissionais do setor. Um grupo de empresas que desenvolve software e exportam serviços, liderado pelo Instituto Brasil para Convergência Digital (IBCD), já entregou uma proposta ao governo.

Segundo, a advogada Cristina Tosi Inoue, do escritório Tosi Inoue Advogados Associados, o documento foi entregue aos Ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A propostas foram do documento foram debatidas na semana passada durante o seminário "A Indústria de Serviços de TI - Desenvolvimento de Software, Exportação e Competividade", realizado em São Paulo pelp IBCD.

Critina afirma que a realidade dos profissionais de TI é muito diferente dos de outros setores e nem mesmo uma reforma na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que é uma compilação de 1943 está muito ultrapassada, resolveria a situação. Por isso, ela defende uma lei específica para esse segmento.

A advogada destaca que o sistema de trabalho do profissional de TI tem algumas peculiaridades. A começar pelo local de trabalho, que pode ser em qualquer lugar, já que as tecnologias permitem que as tarefas sejam realizadas remotamente. O horário também segue outro ritmo, com algumas funções que podem ser feitas em qualquer período do dia.

As empresas tentaram criar algumas alternativas para alguns profissionais com contratos terceirizados, que segundo Cristina, não tem embasamento legal e que nada impede que os trabalhadores entrem futuramente na Justiça contra as companhias contratantes, alegando vínculo empregatício. O modelo de cooperativa poderia ser uma saída, mas caiu em descrédito por já ter sido burlado.

Medidas propostas

Como sugestão para criação de uma lei para regular a atividade de TI, a advogada cita reconhecimento da execução de tarefas em home office, criação de um banco de horas, instituição de horário flexível e ampliação do contrato de experiência de três meses para um ano; contratação de profissionais para projetos específicos.

Com essas mudanças, Cristina diz que o setor ganharia mais competitividade para competir, principalmente no mercado externo por dos encargos que encarecem a mão-de-obra brasileira. Ela afirma que 50% dos custos das empresas hoje são impostos trabalhistas.

Publicado originalmente no endereço http://www.tiinside.com.br

Projeto de lei exige regulamentação do profissional de tecnologia

Por Redação do Computerworld

As atividades de profissionais das áreas de informática, computação e sistemas de informação, poderão, em breve, ter regras específicas para regulamentação. Trata-se do projeto de lei 7109/06, de autoria do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) destinado a regulamentar o trabalho de funcionários desses setores.

Segundo a proposta, poderão exercer essas atividades os portadores de diploma universitário dos cursos de informática ou computação, processamento de dados, sistemas de informação e áreas correlatas reconhecidas pela legislação do ensino. Quem estudou no exterior deverá validar o diploma no Brasil.

Os tecnólogos e os formados em cursos seqüenciais e técnicos da área de informática e computação também poderão exercer a profissão, desde que observem as leis vigentes.
Aqueles que não tiverem formação superior ou técnica, mas que comprovarem por meio de documentos que trabalham na área há pelos cinco anos, poderão continuar trabalhando. No entanto, eles terão que regularizar a sua situação profissional no Ministério do Trabalho.

Caso o projeto seja aprovado, o Executivo deverá enviar ao Congresso Nacional, no prazo de 60 dias, um projeto de lei criando o Conselho Federal de Informação e Computação e os conselhos regionais, estabelecendo as definições legais para a atividade profissional e sindical dessas áreas de trabalho.

Enquanto esses conselhos não forem implantados, o projeto estabelece que os profissionais com formação superior deverão registrar o diploma no Ministério do Trabalho.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
*Com informações da Agência Câmara

Publicado originalmente no endereço http://idgnow.uol.com.br

terça-feira, setembro 05, 2006

Google lança pacote de aplicações de colaboração baseadas em web

Por Nancy Weil

O Google lançou o Google Apps for Your Domain, pacote de aplicações de colaboração baseadas em web para empresas de pequeno e médio porte, universidades e grupos, com objetivo de ampliar para companhias de maior porte até o final do ano.

As organizações poderão se inscrever para acessar aversão beta do serviço baseado em web no site do Google, que entra no ar nesta segunda-feira (28/08). O serviço não será gratuito para grandes empresas e o preço deve ser anunciado quando a data de lançamento estiver definida.

A oferta inclui as aplicações Gmail, Google Calendar, Google Talk e Page Creator, programas que a companhia lançou nos últimos meses ou integrou com os outros. Mais softwares serão inclusos no pacote ao longo do tempo, segundo Matthew Glotzbach, chefe da divisão de produtos corporativos do Google.

O executivo não detalhou quais seriam essas aplicações, mas os softwares online de planilhas e processador de texto do Google devem entrar para o pacote de colaboração. O Google não comenta sobre concorrência, mas a suíte parece ser talhada para fazer frente, por exemplo, ao software de colaboração da IBM Lotus Notes.

A companhia aposta, como diferencial, na aparência inovadora das aplicações, que serão customizadas conforme a página da organização.

O objetivo é permitir às companhias acessar aplicações colaborativas mesmo que não tenham equipes de suporte para dedicar a essas tarefas, reduzindo os custos de manutenção, segundo Glotzbach.

A versão premium, para grandes empresas, vai incluir suporte mais avançado, contratos de nível de serviço e “integração mais rica aos domínios”.

*Nancy Weil é editora do IDG News Service, em Boston.

Publicado originalmente no endereço http://idgnow.uol.com.br

SOA: peça básica para integrar o quebra-cabeça tecnológico

Por Daniela Moreira

Ela está na lista das 10 tecnologias mais importantes para o Gartner em 2007, no centro do discurso dos fornecedores de aplicações e nos planos dos principais gestores de tecnolgoa do mundo corporativo. SOA, sigla em inglês para arquitetura orientada a serviços, é o que se conhece por buzzword - a palavra da moda - no mundo da tecnologia.

Na pratica, o que está por trás desta sigla é uma nova abordagem de software dentro das companhias. Na arquitetura orientada a serviços, o objetivo principal é atender necessidades de negócios, agrupando funções em “caixas” ou “módulos” que podem ser copiados e adaptados no futuro para outros fins e integrando, de forma transparente ao usuário, aplicações diversas da empresa, estejam elas espalhadas por departamentos (como um software de leilões usado pela área de compras) ou presentes em toda a organização (como um sistema de gestão empresarial). Os ganhos estão na flexibilidade e na economia com o desenvolvimento e na independência que a área de negócios ganha em relação ao departamento de tecnologia.

SOA, como indica o próprio nome, é uma arquitetura. Logo, envolve alguns elementos. Em uma analogia, é como se dentro de uma sala houvesse especialistas de todo mundo em culinária, e do lado de fora, o dono de um restaurante interessado em montar um cardápio misto.

No mundo da arquitetura de software tradicional, o dono do restaurante teria que ir a cada um desses especialistas - as aplicações isoladas - para pedir as sugestões de pratos, em seu idioma. Na melhor das hipóteses - supondo algum grau de integração - ele poderia pedir ao especialista em culinária italiana uma sugestão de prato que combinasse elementos da cozinha francesa. O chef italiano, por meio de um intérprete, conversaria então com o chef francês para ouvir suas sugestões, e devolveria então uma sugestão de prato ao dono do restaurante.

Trazendo isso para o mundo SOA, nosso dono do restaurante recorria a um único intérprete, capaz de falar o idioma de todos os chefs presentes na sala, e diria a ele: quero um prato franco-italiano. O intérprete responderia com a sugestão de prato pronta, e mais, se o dono do restaurante quisesse no futuro um prato ítalo-germânico, o intérprete aproveitaria o modelo de interação utilizado no primeiro caso adaptando-o ao segundo, para trazer uma resposta similar. Complicado?

Dentro da arquitetura SOA, esse intérprete, que na linguagem tecnológica é chamado de middleware, funciona como um orquestrador dos serviços. Nele estarão determinadas os comandos que serão enviados a cada aplicação, em que ordem, e os outputs que serão retirados de cada uma delas para que os dados e recursos distribuídos em cada aplicação voltem para o usuário como um único serviço.

Para desempenhar esta função de orquestrador, algumas empresas oferecem adaptadores universais, os chamados Enterprise Service Bus (ESB), que já vêm preparados para interagir com algumas aplicações comum dentro de uma empresa, como os bancos de dados, ERP, BI e CRM. “O ESB funciona como uma cola para as aplicações. É uma barra de serviços na qual os softwares vão sendo plugados, sem causar traumas para a empresa”, explica Luiz Cláudio Menezes, diretor geral da Progress Software Brasil.

Outro componente da arquitetura orientada a serviços é o uso de padrões de web services - entre eles Simple Object Access Protocol (SOAP) e Web Services Description Language (WSDL) -, que permitem a comunicação universal entre diferentes sistemas. “A interação entre arquiteturas distintas é fundamental para o SOA”, define Waldir Arevolo, analista do Gartner no Brasil. Se enxergarmos o middleware como maestro destes serviços, os web services são a batuta. Enquanto o middleware é a própria infra-estrutura, os web services são os condutores.

Por fim, na avaliação de Silvio Passos, diretor de soluções da Stefanini, os portais aparecem como um elemento importante - embora não obrigatório - da arquitetura, mostrando-se como a interface ideal - porque é altamente customizável - para a solicitação dos serviços pelos usuários. “É bom que exista, porque funciona como uma interface única e maleável”, opina o executivo.

A combinação dessas características oferece às empresas algumas vantagens, como uma visão mais abrangente dos seus processos de negócio, uma agilidade e uma flexibilidade maiores para fazer mudanças e adaptações aos sistemas de tecnologia que suportam as atividades da companhia - graças à modularidade e à granularidade dos serviços- e a capacidade de reaproveitar os serviços criados para uma área a outras.

“Isto é fundamental, porque não só reduz os custos de administração - já que você não precisa mais de um especialista para cada aplicação que compõe a sua infra-estrutura -, mas também aumenta a capacidade de inovação. Pesquisas mostram que hoje as empresas investem apenas de 5% a 15% da sua verba de tecnologia em novas funcionalidades. Com SOA, essa verba pode ser melhor aproveitada”, explica Passos.

Mas quando o SOA deixará de ser um buzzword para se tornar uma realidade nas empresas? Há apenas um consenso a respeito desta virada: ela não será brusca, mas sim gradual.

Embora o instituto de pesquisa Forrester diga que 67% das empresas com 40 mil ou mais funcionários estejam implementando SOA neste ano, os analistas apontam que as companhias apostarão primeiro em projetos departamentais, restritos a determinados públicos dentro da empresa.

“Na hora que as empresas tiverem que revisitar o seu legado, se abrirá uma oportunidade para apostar na nova arquitetura. É a hora de mexer”, defende Azeredo.

"Como os benefícios do SOA são sentidos no longo prazo, não há uma percepção imediata de retorno, por isso o investimento não deve ser amplo. À medida que os códigos dos módulos de serviço comecem ser reaproveitados é que a empresa vai sentir o efeito positivo”, pondera Passos.

Já para os novos projetos, a arquitetura deve ser utilizada como paradigma, abrindo espaço para a maior penetração do SOA. Segundo o Gartner, em 2008 a arquitetura servirá como base para 80% dos novos desenvolvimentos e permitirá às organizações aumentar em 100% a reutilização de códigos.

Para Passos, a popularização do SOA deve ter um impacto direto na indústria de aplicações. “As empresas deixarão de vender produtos fechados e passarão a vender pacotes de serviços, que serão integrados à arquitetura”, prevê.

Na mesma linha, o Gartner prevê que o SOA vai operar uma transição do desenvolvimento focado em funcionalidades para o desenvolvimento voltado a funções de negócios, transformando a base instalada de software de um inibidor de mudanças para um facilitador.

“SOA nada mais é que um reflexo de uma mudança de cultura que permeia toda a empresa. As companhias cada vez mais enxergam as áreas internas como prestadores de serviços. O departamento de tecnologia já é visto como prestador de serviço. Nada mais natural do que os sistemas passarem a ser vistos como prestadores de serviços também”, conclui.

Publicado originalmente no endereço http://idgnow.uol.com.br