Por Danielle Sarraf.
Especialmente em economias aquecidas, as pessoas mais competentes são assediadas para trocar de emprego, e as empresas sabem que os melhores saem primeiro. No Brasil, a movimentação de executivos está em alta e a empregabilidade para os bons profissionais, também.
Existem importantes ferramentas para melhorar a retenção de funcionários. Algumas são bastante óbvias, como, por exemplo, melhorar tanto o clima como a comunicação dentro da empresa, em todos os níveis. Ressalte-se que o estilo gerencial deve ser sério, porém muito democrático, pois empresas punitivas ou deprimidas perdem seus melhores talentos.
Também são necessários os planos de carreira, pois os profissionais de hoje querem saber para onde aponta seu futuro, e desejam participar ativamente do aprimoramento de suas competências, que deverão ser desenvolvidas para conquistar uma promoção ou a transferência cobiçada.
Uma atividade em alta para executivos é o coaching, através da qual a própria empresa contrata um tipo de “personal trainer” profissional. Ele participa de reuniões periódicas com profissional, buscando ajudá-lo a melhorar seu relacionamento com outros funcionários, aprimorar comportamentos e, assim, impactar positivamente no seu desempenho, evitando desgastes e colaborando, para que permaneça na empresa.
Outro importante fator de retenção relaciona-se diretamente à remuneração. As companhias competitivas devem pagar salários e benefícios alinhados ao mercado, às vezes até oferecendo recompensas a longo prazo - as chamadas “algemas de ouro”.
Exemplos de recompensas são os stock options - opções para adquirir ações da empresa, a preços favoráveis, em datas futuras - ou a possibilidade de participar num IPO (Initial Public Offering), que consiste na opção de adquirir novas ações no momento da primeira abertura do capital em bolsa, permitindo a compra a preços da abertura, normalmente seguida de enorme revalorização das ações. É uma maneira de acumular patrimônio entre os funcionários, de todos os níveis.
As empresas sabem que o seu verdadeiro patrimônio da empresa sai pela porta do escritório todas as noites, para retornar no dia seguinte. Só que alguns, às vezes, não voltam. A organização que somente se preocupa em contratar, treinar, chefiar, remunerar e demitir, acaba perdendo de vista a mais importante da atividade relacionada com o capital humano: a retenção dos melhores talentos.
Danielle Sarraf é advogada formada pela PUC/SP com MBA pela Fundação Dom Cabral. Trabalhou com consultoria tributária e societária durante alguns anos de sua carreira, até que virou headhunter, sua ocupação atual. Na coluna Headhunter, a consultora fala de temas relacionados ao comportamento profissional e oportunidades de desenvolvimento de carreira. E-mail:
daniellesarraf@hotmail.com .
Publicado originalmente no endereço http://www.idgnow.com.br
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